Eixo 2


Saúde, Educação, Envelhecimento e Modus Relacionais

O período de confinamento representou um esforço monumental por parte dos indivíduos e respetivas famílias. O isolamento não só quebrou a regularidade dos laços e das ligações sociais em copresença e proximidade física, como gerou um conjunto de processos disruptivos decorrentes do confinamento e do prolongamento de um conjunto de restrições sociais e cívicas no período pós-covid. Investigadores e profissionais de saúde focados na família, assinalam uma compreensão mais profunda da relação entre a saúde mental em idosos e o uso de diferentes modos de comunicação interpessoal, ao referir que a comunicação presencial pode trazer benefícios únicos no que diz respeito à saúde mental e que a comunicação digital não substitui a presença física de outras pessoas.

No que concerne à educação e à saúde, as desigualdades educativas a nível global evidenciam também tendências ambivalentes que se vão estabelecendo entre os segmentos sociais, com graus educativos distintos. Os mais desfavorecidos e vulneráveis, com menos literacia, estão a ficar ainda mais desfavorecidos e mais vulneráveis, aspeto que se apresenta mais vincado nas pessoas de mais idade. As desigualdades aumentam à medida que decorre a transformação digital da sociedade pois, boa parte das soluções imediatas encontradas perante a crise pandémica têm envolvido a intensificação de instrumentos digitais. É fulcral, a criação de políticas que privilegiem o acesso desses grupos vulneráveis a esses recursos e que se discuta a equidade desse acesso.