Eixo 1


Políticas Públicas pós-pandemia

Os impactos da pandemia COVID-19 tiveram profundos reflexos sociais e económicos. Ao nível da utilização de cuidados de saúde, a crise pandémica colocou uma enorme pressão sobre todos os sistemas de saúde. Esta realidade tornou visível as fragilidades dos sistemas e a necessidade de se efetuarem reestruturações que permitam uma maior e melhor capacidade de resposta à realidade que temos pela frente no pós-pandemia. Todavia, ficou claramente destacada a importância fulcral do papel desempenhado pelos serviços nacionais de saúde durante a pandemia, pelo que os governos deverão investir em áreas críticas como, por exemplo, a capacidade de adaptação/aprendizagem (literacia) dos cidadãos e do respetivo alinhamento dos serviços de saúde com as suas reais necessidades, criando estratégias de governação clínica resilientes.

As políticas públicas de saúde devem ser orientadas no sentido de incrementar percursos de vida que conduzam a um envelhecimento ativo e saudável, o que tornará plausível estabelecer uma meta de aumento progressivo da esperança de vida com saúde após os 65 anos. No que concerne à forma como se prestam os cuidados de saúde, estes precisam de ser repensados de acordo com um conjunto de princípios, entre os quais se destacam: (i) proximidade, integração e continuidade; (ii) autocuidado e literacia; (iii) equipas multidisciplinares; (iv) sistemas de informação inteligentes; e (v) medir os resultados em saúde.